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IPCA: inflação fica em 0,47% em maio, abaixo do esperado

Em 12 meses, a inflação acumulada é de 11,73%

IPCA: inflação fica em 0,47% em maio, abaixo do esperado (FabrikaPhoto/Envato)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,47% em maio , taxa inferior ao 1,06% de abril deste ano e aos 0,83% de maio do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são abaixo do esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,60%.

Com o resultado de maio, o IPCA acumula taxa de 4,78% no ano. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 11,73%, número abaixo dos 12,13% registrados no mês anterior. O índice acumulado em 12 meses segue, pelo nono mês consecutivo, acima de 10%.

O dado demonstra uma possibilidade de que o pior cenário do pico da inflação pode ter sido deixado para trás, com o resultado para o mês de maio sendo muito influenciado pela queda no custo da energia elétrica (agora sem a tarifa imposta durante a crise hídrica) e pela desaceleração dos preços dos alimentos e dos combustíveis. É importante ressaltar que ainda estamos longe de uma inflação controlada de fato e os índices mostram uma desaceleração, ou seja, os preços vieram com um aumento menor do que era esperado pelo mercado. A cadeia global de insumos ainda está bastante afetada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e os embargos ao petróleo russo e também pelo lockdown chinês, que apenas na última semana relaxou suas medidas restritivas.

Vinicius Felchack, Executivo de Investimentos da Invest4U

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. O maior impacto para a inflação do mês veio dos transportes, que subiram 1,34%, devido principalmente à alta de 18,33% no preço das passagens aéreas. Os combustíveis tiveram variação de preços de 1%, abaixo da alta de 3,20% do mês anterior.

O segundo maior impacto no mês veio da saúde e cuidados pessoais, com inflação de 1,01%. Os produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 2,51% no período, foram, junto com as passagens aéreas, o item que mais pesou no IPCA de maio. Os planos de saúde, por sua vez, seguem em queda (-0,69%). O reajuste de 15,5% aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 26 de maio será incorporado a partir do IPCA-15 de junho, seguindo a metodologia empregada nos anos anteriores.

Os alimentos tiveram inflação de 0,48%, bem abaixo dos 2,06% do mês anterior. Alguns itens tiveram queda de preços, como tomate (-23,72%), batata-inglesa (-3,94%) e cenoura (-24,07%). Apesar disso, alguns produtos tiveram alta, como leite longa vida (4,65%) e cebola (21,36%).

Já o vestuário teve inflação de 2,11% e foi o grupo de despesas com maior alta de preços no mês. Habitação foi o único grupo com deflação (queda de preços) de -1,70%.

Apenas Vitória (-0,08%) teve variação negativa em maio, principalmente devido às quedas nos preços da energia elétrica (-10,48%) e do tomate (-39,93%). Já a maior alta foi em Fortaleza (1,41%), puxada por energia elétrica (6,97%) e gasolina (2,19%).

RegiãoMaio2022Últimos 12 meses
Fortaleza+ 1,41%+ 5,69%+ 11,89%
Salvador+ 1,29%+ 5,29%+ 12,98%
Aracaju+ 0,74%+ 5,82%+ 12,12%
Rio de Janeiro+ 0,56%+ 5,66%+ 11,60%
Recife+ 0,55%+ 4,67%+ 12,01%
Porto Alegre+ 0,47%+ 3,14%+ 10,79%
Curitiba+ 0,38%+ 5,49%+ 14,19%
Goiânia+ 0,37%+ 5,02%+ 12,39%
Belém+ 0,36%+ 4,75%+ 9,52%
São Paulo+ 0,35%+ 4,63%+ 11,58%
Brasília+ 0,31%+ 4,43%+ 10,85%
São Luís+ 0,28%+ 5,35%+ 11,97%
Belo Horizonte+ 0,27%+ 4,71%+ 10,93%
Campo Grande+ 0,27%+ 4,98%+ 12,07%
Rio Branco+ 0,21%+ 4,33%+ 11,33%
Vitória– 0,08%+ 3,73%+ 11,53%
Brasil+ 0,47%+ 4,78%+ 11,73%

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