O índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos ficou estável em julho, ante expectativa de alta de 0,2% pelo mercado. Com o resultado, na comparação anual a inflação teve alta de 8,5%, uma desaceleração em relação a junho (9,1%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Departamento de Trabalho norte-americano.
Segundo o governo norte-americano, o CPI ficou estável por conta da queda de 7,7% no preço da gasolina que compensou as altas no setor de alimentação e habitação. Apesar da queda no combustível, o setor acumula alta de 44% nos últimos 12 meses, enquanto a energia subiu 32,9% no período. Já a inflação nos alimentos acumula uma alta de 10,9%, o maior patamar desde maio de 1979.
O núcleo do CPI, que exclui os itens mais voláteis como energia e alimentos, subiu 0,3% na comparação mensal, ante expectativa de 0,5%. Na comparação anual, a alta foi de 5,9%.
“O núcleo da inflação dos Estados Unidos veio abaixo do esperado pelo mercado em julho. O resultado segura a tendência de um tom mais agressivo do Federal Reserve na política monetária já para a próxima reunião, em setembro. O impacto de uma possível taxa básica de juros da maior economia do mundo vir menor do que se tem aspirado, faz com que os ativos de renda variável, como ações e cripto, oscilem em uma rally de alta no curto prazo. Isso também faz com que o dólar siga em tendência de baixa, também no curto prazo. Agora, o mercado vai esperar o próximo dado de inflação americano, chamado PCE, para entender sobre o futuro das taxas do Fed“, explicou o Executivo de Investimentos da Invest4U, Vinicius Felchack.