Nesta terça-feira, durante o evento da CM Capital, os diretores da Instituição Fiscal Independente (IFI), Vilma Pinto e Felipe Salto, fizeram um alerta sobre a PEC dos Combustíveis que tramita no Senado. Segundo eles, a maior preocupação neste momento é a falta de medidas de compensação.
Segundo Vilma Pinto, a PEC deve ter um impacto de R$ 88 bilhões sobre as contas públicas. Esse é um valor menor que o estimado pela equipe econômica, de cerca de R$ 100 bilhões. Nas próximas semanas o IFI deve divulgar um estudo mais detalhado sobre os impactos da PEC.
Se aprovada, a PEC agravaria ainda mais o déficit primário do ano, estimado pela IFI em R$ 120 bilhões, acima dos R$ 79 bilhões previstos pelo governo. Felipe Salto ainda ressaltou que intervenções em preços geralmente impactam as finanças das empresas, nesse caso, a Petrobras que seria afetada. “Uma coisa seria ter um fundo ou reservas fiscais para compensar as empresas porque o resultado disso [intervenção em preços] seria mais inflação ou mais juros à frente ou as duas coisas juntas”, alertou.
Em evento no BTG nesta terça, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que as PECs dos Combustíveis foram “definitivamente descartadas”.