O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na tarde desta terça-feira (8) a proibição de importação de petróleo russo, bem como de gás natural e carvão do país. Essa é mais uma medida do governo americano de impactar a economia da Rússia e forçar que Putin volte atrás e retire as tropas da Ucrânia.
Durante o anúncio, Biden reiterou que a sanção é uma forma de “não subsidiar a guerra”. Ele ainda fez um apelo às empresa e afirmou que “entendemos que a guerra de Putin está causando danos e elevando preços, mas isso não é desculpa para que as empresas explorem os consumidores americanos. Este não é o momento de obter lucro em cima da situação”.
No Twitter, o presidente da Ucrânia agradeceu a decisão de “atacar o coração da máquina de guerra de Putin”.
Segundo o presidente americano, a decisão foi tomada após consultar aliados, como países da União Europeia, que nesse momento não irão aderir ao banimento, mas já fazem planos para deixar de ser tão dependente da energia russa.
O Reino Unido deve reduzir suas importações de petróleo russo gradualmente até o final desse ano, informou o secretário de Negócios britânicos, Kwasi Kwarteng. Por outro lado, a União Europeia tem um plano de longo prazo para reduzir sua dependência dos combustíveis russos e se tornar independente até 2030.
Vale lembrar que a Europa importa cerca de 40% do gás natural que consome da Rússia. Além disso, 27% das importações de petróleo e 47% das compras de carvão do bloco são provenientes do país governado por Putin.
Enquanto isso, a Rússia ameaçou na noite de segunda-feira (7) suspender o fornecimento de gás natural à Europa por meio do gasoduto Nord Steam 1, como punição pelas sanções. O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, alertou que esse movimento de embargo aos combustíveis russos teria “consequências catastróficas” e previu o preço do barril de petróleo atingindo US$ 300.