O Federal Reserve (Fed) deve realizar novos aumentos de 0,5 ponto percentual na taxa de juros nas próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Fomc), conforme sinalizado da ata da última reunião, que foi realizada nos dias 3 e 4 de maio, divulgada nesta quarta-feira (25).
“A maior parte dos participantes julgou que aumentos de 50 pontos base nos juros provavelmente seriam apropriados nas próximas reuniões”, diz o documento. Além disso, os membros do Fomc indicaram que “uma postura restritiva da política monetária pode se tornar apropriada dependendo da evolução das perspectivas econômicas e dos riscos para essas projeções”.
É possível analisar que a ata divulgada hoje só reforça o que foi visto na última reunião do comitê: o foco é reduzir a pressão inflacionária sem penalizar a economia e os empregos. Não é só nos EUA que a inflação parece ser o calcanhar de Aquiles para a retomada econômica plena, mas sim em todas as principais economias mundo afora, incluindo o Brasil. No entanto, os americanos têm visto uma aquecimento econômico, somado a um mercado de trabalho ainda prejudicado pelo fator pandemia e falta de insumos, fazendo com que os preços dos produtos e bens subissem além do esperado
Vinicius Felchack, Executivo de Investimentos da Invest4U
Felchack ainda aponta que outro ponto que parece ter sido passado na ata é o de que é “melhor prevenir do que remediar”. “Eles preferem ter uma política monetária mais condizente com o cenário atual de inflação e verificar os efeitos depois, sendo mais neutros e menos duros com uma futura decisão de continuar com o aumento de juros para não prejudicar e reprimir o consumo e o mercado de trabalho. Em resumo, foi demonstrado que o ponto é controlar a inflação o quanto antes com aumentos sucessivos da taxa de juros, mas sem prejudicar tanto a economia, para avaliar os efeitos e poder corrigir a rota, caso seja preciso“, finaliza.