O Governo Federal lançou oficialmente na manhã desta sexta-feira (11) o Plano Nacional de Fertilizantes. A ideia do governo é diminuir a dependência de importações de 85% para 45%, até 2050, mesmo que dobre a demanda pelo insumo.
Atualmente, o país ocupa a quarta posição mundial com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, sendo o potássio o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%). Na sequência, aparecem o fósforo (33%) e o nitrogênio (29%). Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos mais de 85% dos fertilizantes utilizados no país hoje são importados. Na última sexta-feira (4), a Rússia, principal fornecedora do insumo para o Brasil, anunciou que estava suspendendo a exportação.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas de Fertilizantes (Sinprofert), o plano tem potencial para aumentar em até 35% a produção nacional de fertilizantes nos próximos três anos, com capacidade de atrair investimentos da ordem de 4 bilhões de reais por ano.
“Não estamos buscando a autossuficiência, mas sim, a capacidade de superar desafios e manter nossa maior riqueza, o agronegócio, pujante e competitivo, que faz a segurança alimentar do brasil e do mundo. Nossa demanda por nutrientes para as plantas é proporcional à grandeza de nossa agricultura. Mas teremos nossa dependência externa bastante reduzida”, explicou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Além da redução da dependência externa, o plano ainda apresenta oportunidades em relação a produtos emergentes como os fertilizantes organominerais e orgânicos, além dos subprodutos com potencial de uso agrícola, os bioinsumos e biomoléculas, os remineralizadores, nanomateriais, entre outros.
As diretrizes do PNF também abordam uma política fiscal favorável ao setor, incremento de linhas de fomento ao produtor, incentivos a ações privadas, expansão da capacidade instalada de produção, melhorias na infraestrutura e logística nacionais. Tudo isso para ampliar a produção competitiva de fertilizantes (abrangendo adubos, corretivos e condicionadores) no Brasil.