O conflito no leste europeu impactou todo o mundo, especialmente quando falamos sobre a oferta de petróleo – visto que a Rússia é uma das maiores produtoras do commodity e seus produtos estão sendo rejeitados pelo ocidente. O Estados Unidos inclusive está boicotando o petróleo russo.
Em meio a isso, os países começaram a buscar alternativas para a compra do petróleo. O Brasil, um dos maiores produtores de petróleo não pertencentes à Opep, deve aumentar significativamente a produção do commodity nos próximos. Antes da crise, o objetivo já era de adicionar 3 milhões de barris por dia de petróleo e gás nos próximos anos. No entanto, não é possível acelerar esses planos para compensar o embargo feito à Rússia, explicou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, à agÊncia de notícias Reuters.
Segundo Saboia, as restrições geológicas e da cadeira de suprimentos significam que pode levar até uma década para colocar novos projetos em produção. Vale lembrar que o petróleo brasileiro vem majoritariamente de campos de águas profundas, o que exige plataformas caras e componentes submarinos. “A produção vai crescer, mas não há muito o que fazer para acelerá-la”, disse Saboia.
Nos próximos quatro anos, a expectativa da Petrobras é instalar 15 plataformas de produção offshore. Apesar da maioria já estar pronta ou em construção, apenas uma deve iniciar as atividades ainda em 2022. Ano que vem, estão programadas o início das atividades de outras cinco plataformas. No entanto, o chefe de produção da estatal João Henrique Rittershaussen afirmou que a produção não é instantânea. “Leva quase um ano inteiro para atingir a capacidade total em uma plataforma como essa”, explicou,