A Vale (VALE3) divulgou na noite da última terça-feira (19) o relatório de produção do primeiro trimestre de 2022. Os dados mostram que a produção de minério de ferro totalizou 63,9 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a empresa, essa queda na produção se deu por quatro motivos: a menor disponibilidade de “run of mine” (ROM) e à maior necessidade de processar estéril em Serra Norte, diante de atrasos no licenciamento; a maior relação de estéril/minério e interferência devido à presença de estéril jaspilito no corpo mineral no S11D, no Pará, e à instalação de dois novos britadores primários para processar o jaspilito; interrupção durante quatro dias da estrada de ferro Carajás devido a fortes chuvas em março; além do impacto das chuvas em Minas Gerais em janeiro que interromperam temporariamente as operações dos Sistemas Sul e Sudeste, e impactaram também a disponibilidade de compra de minério de terceiros.
“Essas questões foram parcialmente compensadas pela melhoria da capacidade de produção dos Sistemas Sul e Sudeste, após o comissionamento e retomada de vários ativos ao longo de 2021“, informou em comunicado. Quem também sofreu queda, foi a a venda de minério de ferro. Segundo a companhia, excluindo o Sistema Centro-Oeste – que foi vendido para a J&F Mineração no começo do mês – foram vendidas 63,1 milhões de toneladas do minério, número 65% abaixo do primeiro trimestre de 2021.
Por outro lado, a produção de carvão subiu 87,5%, para 2 milhões de toneladas, enquanto a produção de pelotas subiu 10,1%, para 6,9 milhões de toneladas. Além disso, a Vale anunciou que alcançou, em minério de ferro, um sólido prêmio de US$ 9 por tonelada nesse primeiro trimestre, o nível mais alto desde o segundo trimestre de 2019.