Os servidores do Banco Central (BC) iniciaram nesta sexta-feira (1) uma greve por tempo indeterminado. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) já havia anunciado a paralisação na segunda-feira (28). Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 19,9% e uma reestruturação de carreira.
Desde o dia 17 de março a categoria vinha fazendo paralisações diárias das 14h às 18h e diversas publicações do BC estavam sendo atrasadas, como o Boletim Focus. O órgão inclusive não divulgou as estatísticas mensais de março, como os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e sobre as contas públicas.
Por meio de nota, o Sinal fez um alerta de que serviços como o Pix podem ser impactados pela greve. No entanto, o Banco Central afirmou que tem planos de contingência para manter o funcionamento dos serviços essenciais durante a paralisação dos servidores. O órgão assegurou o funcionamento de operações de mercado e de sistemas como o Pix, o Sistema de Transferência de Reservas (STR) e o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou sobre o assunto semana passada, durante entrevista do Relatório Trimestral de Inflação. “Respeito o direito dos funcionários. Eu sei que eles têm um enorme senso de responsabilidade e que temos esquemas de contingência caso algo mais severo aconteça”, disse. Campos Neto entrou em férias ontem (31).