A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira (2) uma resolução contra a invasão russa à Ucrânia. A reunião foi convocada pelo Conselho de Segurança e feita de forma emergencial para discutir o conflito no Leste Europeu que já está no seu sétimo dia. Foram 141 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções.
O texto sofreu inúmeras alterações nos últimos dias para chegar a um acordo aceitável para países mais relutantes. Entre as mudanças, está que a resolução não “condena”, mas “deplora nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia”. A resolução é não vinculante, ou seja, na prática os países não precisam fazer nada. A importância da resolução é apenas política e serve para mostrar como a maioria dos países vê o conflito no leste europeu.
O Brasil, que ficou ao lado da ampla maioria e votou a favor, disse que “a resolução é um apelo à paz da comunidade internacional. Mas a paz exige mais do que o silêncio das armas e a retirada das tropas. O caminho para a paz requer um trabalho abrangente sobre as preocupações de segurança das partes“.
O representa do Brasil na ONU ainda acrescentou que “resolução não pode ser vista como permissiva à aplicação indiscriminada de sanções e ao envio de armas. Essas iniciativas não conduzem à retomada adequada de um diálogo diplomático construtivo e correm o risco de aumentar ainda mais as tensões com consequências imprevisíveis para a região e além“. O presidente Jair Bolsonaro já falou que o país seria “neutro” em relação ao conflito.
Os países que votaram contra foram Rússia, Bielorrúsia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. A China se absteve, assim como Cuba e Índia.