O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, revelou nesta segunda-feira (7) que já falou para a Ucrânia que seu país está preparado para interromper as ações militarem assim que eles aceitarem as condições da Rússia. “Eles foram informados de que tudo isso pode ser interrompido em um momento“, disse para a agência de notícias Reuters.

A Rússia exige a desmilitarização da Ucrânia, uma mudança na constituição do país em prol da neutralidade, o reconhecimento da Crimeia como território russo, bem como o reconhecimento das áreas separatista Donetsk e Luhanks como países independentes.

“Nós realmente estamos terminando a desmilitarização da Ucrânia. Nós vamos terminar isso. Mas o principal é que a Ucrânia cesse sua ação militar. Eles deveriam parar sua ação militar e então ninguém atirará”, revelou Peskov.

Sobre a mudança na constituição, os russos estão pedindo emendas em que a Ucrânia rejeite a intenção de entrar em qualquer bloco. Ou seja, dessa forma, o país do leste europeu não teria como entrar na Otan.

Além disso, o governo da Rússia também subiu o tom para falar sobre as negociações de cessar-fogo entre os dois países, alertando que os negociadores ucranianos devem ter um abordagem mais “construtiva”. O Kremlin disse que “chamou-se a atenção para a futilidade de qualquer tentativa de prolongar o processo de negociação, que está sendo usado pelas forças de segurança ucranianas para reagrupar suas forças e recursos”.

O presidente Vladimir Putin ainda afirmou que os ataques só irão ser interrompidos no momento que os ucranianos pararem de resistir e cumprirem todas as exigências russas. A guerra no leste europeu entra em 12º dia nesta segunda-feira e já causa a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.